Entre o Amor e a Paixão (2011). Direção: Sarah Polley.

Margot (Michelle Williams) vive um casamento aparentemente perfeito com Lou (Seth Rogen), mas tudo muda quando conhece Daniel (Luke Kirby). A partir daí, o relacionamento com o marido toma um rumo inesperado e, com Daniel, Margot descobre sentimentos que estavam adormecidos.

A faixa de abertura da trilha é Green Mountain State, de Corinna Rose & The Rusty Horse Band, que dá um toque suave para os momentos de tensão vividos pelo jovem casal. É daquelas músicas que a gente ouve sem cansar. Vale a pena procurar mais sobre a cantora Corinna Rose em carreira solo. O folk segue com Wide Open Plain, do canadense Doug Paisley e Rave On Sad Songs, de Jason Collett.

Feist aparece com duas faixas, Secret Heart e Closing Time, cover de Leonard Cohen, que ficou bem diferente da original. Cada uma das gravações tem sua cara. A versão da cantora embala uma cena de festa e mesmo não sendo tão dançante funciona bastante.

Falando em Cohen, o nome do filme foi inspirado em sua música homônima. Eu, como fã, acho inegável a elegância que o músico traz pra qualquer canção que grave, e aqui não foi diferente. A canção Take This Waltz faz parte do álbum I’m Your Man, de 1988. Um clássico.

Uma das cenas mais divertidas é embalada pelo grupo The Buggles, com o pop oitentista Video Killed The Radio Star. Se você é mais velho, provavelmente irá se lembrar, mas eu realmente não me lembro (rs)! Margot e Daniel se encontram num parque, e ali desperta nos dois a sensação de serem apenas adolescentes, como é notável em todas as vezes que se encontram.

Destaque para Don’t You Forget, de Micah P. Hinson, que veio de Memphis, Tennessee, cidade onde Elvis Presley foi criado, mostrar sua voz potente e ao mesmo tempo delicada. Se você curte Mumford & Sons, esse é o seu caminho. Ouça Beneath the Rose pra sentir qual é o clima.

Pra quem não viu, veja! Fica aqui o meu pequeno apelo. Tenho certeza que você irá se apaixonar tanto pelo filme como pela trilha. E pra quem já viu, aproveite para prestar mais atenção às cores azuis e vermelhas que dão um toque lindo ao visual do drama.

Francine Costanti

Jornalista, fã de cinema, mas principalmente de trilhas sonoras. Certamente presta mais atenção nas músicas do que no filme. Tem uma queda por rock, mas também ouve blues, soul, jazz e country. Sua trilha sonora preferida está em Quase Famosos, por isso bigodes e guitarras são sempre bem-vindos.